Nascemos filhas de Vanda e Benedito, crescemos irmãs e nos tornamos amigas e companheiras em uma mesma jornada, a da evolução. Trilhamos um caminho muito comum às pessoas da nossa geração, que viviam em cidades pequenas e sem muitas opções de estudo e trabalho na época. Minha irmã, Giovana, foi a primeira a sair de casa. (Ah! Quem está contando essa história é a Larissa).
Assim que terminou o colegial técnico, foi aprovada para fazer estágio em uma empresa em São Paulo. Quando ela estava no primeiro ano da graduação em Análise de Sistemas, foi a minha vez. Mudei para São Paulo para fazer o curso de Tecnologia em Automação de Escritórios e Secretariado na Fatec. Quando me formei, já trabalhava na área de Recursos Humanos da multinacional na qual passei 15 anos da minha vida.
Na mesma época, minha irmã também já era analista de sistemas de uma empresa sueca que transferiu suas atividades para Indaiatuba. Continuei morando em São Paulo, e ela foi morar em Campinas. Sua trajetória profissional foi um pouco diferente da minha e, ao longo da carreira, em diversas empresas, ela se tornou gestora de pessoas e de projetos e se especializou na área de telecomunicações. Eu fui fazer Letras, depois um mestrado em Comunicação, e continuei trabalhando na mesma empresa em que havia começado. Sempre adorei escrever e me comunicar com as pessoas de todas as formas, o que me ajudava muito na minha atividade.
Estávamos distantes, mas tínhamos uma coisa em comum: depois de tantos anos no mundo corporativo, já não nos sentíamos felizes com nossas rotinas. Nesse tempo todo, sempre nos apoiamos e compartilhamos muitas decisões. E não foi diferente quando decidi pedir demissão.
Em 2014, resolvi deixar o trabalho com carteira assinada para ir em busca de algo que me realizasse profissionalmente. Em 2016, foi a vez dela ter a mesma experiência. Eu me aventurei no universo da comunicação e ela no mundo das vendas e da culinária. De lá para cá, descobrimos que só conseguiríamos nos realizar se fizéssemos um mergulho profundo em nós mesmas para nos reconectarmos com nossas essências. E foi assim que chegamos até aqui.
Depois de passar esse tempo em busca de nós mesmas, finalmente descobrimos o que faz nosso coração vibrar e decidimos compartilhar tudo o que temos aprendido sobre os caminhos que levam a uma vida mais leve e com mais significado. Foram cerca de três anos dedicados a programas de desenvolvimento pessoal, especialização em Psicologia Transpessoal, Meditação, Orientação Profissional, Terapia de Florais de Bach e acompanhando pessoas em seus próprios processos de autodescoberta.
Seguimos aprendendo sempre e, na busca do conhecimento cada vez mais profundo sobre nós mesmas, o que nos move é poder ajudar cada vez mais pessoas a fazerem as transformações desejadas em suas vidas à medida que aprendem a se relacionar melhor com elas mesmas, com os outros e com o mundo. Acreditamos no poder da comunidade e no efeito que a transformação individual gera nos grupos. Motivadas por valores comuns a nós duas, como família, espiritualidade e solidariedade, estamos fazendo o caminho de volta: para o interior de São Paulo e de nós mesmas. Sabemos que a jornada da evolução só faz sentido se estivermos acompanhadas. Por isso, será uma alegria aprender e crescer com quem quiser fazer parte da nossa história.
Sejam muito bem-vindos e bem-vindas a nossa jornada!
A palavra Kuarup, sem o ‘e’ final, remete a um ritual indígena que simboliza o fim de um período de luto após a morte de familiares. Nessa celebração, a família homenageia aqueles que já se foram.
Escolhemos este termo para simbolizar todos os lutos que vivenciamos ao longo da vida, pois acreditamos que para nascer algo novo dentro de nós, precisamos deixar algumas coisas para trás. É assim que acontece a evolução, o crescimento pessoal, por isso acrescentamos o ‘e’.
Usamos o ritual indígena para representar os momentos de transição pelos quais todos nós passamos. E eles ocorrem em todas as áreas de nossas vidas, mas nem sempre conseguimos aproveitar a jornada por estarmos mais preocupados com o destino.
E por falar em transição, relembramos aqui um trecho do livro ‘Grande Sertão: Veredas’, de Guimarães Rosa: “Ah, tem uma repetição, que sempre outras vezes em minha vida acontece. Eu atravesso as coisas – e no meio da travessia não vejo! – só estava era entretido na ideia dos lugares de saída e de chegada. Assaz o senhor sabe: a gente quer passar um rio a nado, e passa; mas vai dar na outra banda é num ponto muito mais em baixo, bem diverso do que em primeiro se pensou. Viver não é muito perigoso?”.
Fazer as travessias da forma mais consciente possível talvez seja o segredo para aproveitar cada instante da jornada. Dizemos ‘talvez’ porque não acreditamos em verdades absolutas e buscamos respeitar a jornada de cada um. Não sei em qual momento da sua vida você está, mas pode ser que estejamos na mesma busca.
Quem sabe a gente se encontra nessa estrada...
Será uma alegria ter você caminhando conosco nessa jornada em busca de uma vida menos estressante, com mais harmonia e paz interior.
E não queremos te desapontar, mas não guiaremos ninguém nessa viagem. Não temos fórmulas mágicas nem propostas mirabolantes. A única coisa que podemos oferecer a você é a nossa companhia.
Isso porque, só você é capaz de dar o primeiro passo na direção da vida que você quer viver.
Vamos juntos?
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